terça-feira, 16 de outubro de 2012

Amamentar é mais que uma dádiva... é uma alegria!

E ontem, 15 de outubro de 2012 saiu de mim uma preocupação, um peso que todas as futuras mamães que desejam amamentar como eu sentem... pela primeira vez, vi escorrer (literalmente) colostro dos meus seios. E fiquei muito feliz, pois quero amamentar a minha filhinha até o 1° aninho dela, isto claro se ela quiser. Estava a um tempo observando se já estava produzindo o "mamá" da Alice. Havia percebido umas casquinhas ao redor dos mamilos... e agora como disse minha mãe (sim, liguei pra ela contando a novidade) oficialmente virei uma vaquinha leiteira. Nunca fiquei tão contente em ser chamada de "vaca". Múúú ;) 
Para algumas pode até parecer bobagem amamentar. Para mim é de suma importância. O leite materno trás inúmeros benefícios para o desenvolvimento do bebezinho e para a mãe também, pois a cada dia que amamentamos perdemos em média 400 a 500 calorias, equivalente a uma hora de exercícios aeróbicos. Mesmo que não perdesse caloria nenhuma, eu faria igual... Tudo que faz bem a minha Alice e eu puder fazer, assim será. E tenho dito. 

Entrevista com a Nutricionista Solange de Oliveira Saavedra ao site da Revista Vida e Saúde. (Por Carol Nogueira)


Qual a importância da amamentação para a mãe?
Solange: 
Um dos grandes benefícios da amamentação é a conveniência, porque durante esses seis meses de vida do bebê ele não precisa mais de absolutamente nada. Ou seja, a mamãe não terá nada para lavar, esterilizar, preparar e carregar. É só dar o peito, que a natureza entrega o alimento prontinho. A amamentação também fortalece o vínculo mãe/filho, fazendo com que desenvolvam uma relação de amor e confiança. A criança, por sua vez, torna-se mais tranquila e mais segura. E esse vínculo entre mãe e filho facilita o desenvolvimento da criança e seu relacionamento com outras pessoas. O ato de sucção do bebê aliviará a mãe do desconforto dos seios cheios e pesados, e promove no organismo da mãe a secreção de um hormônio chamado prolactina que é responsável pela produção de leite e, também, pela inibição da ovulação, o que pode até servir como um método anticoncepcional, retardando o risco de uma nova gravidez. A amamentação reduz riscos de câncer de mama, ovário e útero e protege a mulher contra osteoporose.
E para o bebê?
A amamentação traz benefícios psicológicos, já que fortalece o vínculo mãe/filho, proporcionando sensações prazerosas para ambos, devido ao contato físico, ao carinho e o gradativo reconhecimento pelo bebê da voz da mãe. A criança que é amamentada recebe uma alimentação natural e completa, com benefícios importantes que o leite materno oferece, já que é adequado em proteínas, carboidratos, lipídios e sais minerais, e ainda permite uma digestão fácil, com menos problemas intestinais como diarreia ou constipação.
Geralmente, a criança amamentada ao seio tem menos chance de ganhar excesso de peso e se tornar obesa, pois recebe nutrientes nas quantidades necessárias para o seu organismo e tem menos chance, ainda, de se desidratar. O leite materno também é menos propenso a provocar reações alérgicas ou infecções bacterianas, já que fornece uma proteção natural, devido aos importantes anticorpos que são transmitidos da mãe para a criança. Por último, mamar favorece a formação dos dentes e o desenvolvimento adequado das mandíbulas do bebê, pois a sucção ajuda a movimentar os músculos e faz com que o leite seja deglutido corretamente; isso evita otites (inflamações no ouvido), muito comum em crianças que tomam mamadeira.
Como deve ser a alimentação da mulher que amamenta?A mãe deve evitar jejuns e períodos longos sem se alimentar e realizar refeições diárias fracionadas em, pelo menos, seis vezes. É importante ingerir de dois a três litros de líquidos por dia, principalmente água e sucos naturais, pois o consumo de líquidos está diretamente relacionado à produção do leite. Consumir alimentos ricos em: vitamina A (fígado, gema de ovo, manteiga, margarina), vitamina C (frutas cítricas como laranja, limão e morango e vegetais como brócolis e repolho), cálcio (leite e seus derivados, como queijo e iogurte) e ferro (carnes, principalmente a vermelha) também é recomendado.
É verdade que algumas mães têm "leite fraco"?Não existe leite fraco. Muitas mães pensam que o seu leite é fraco e não sacia o bebê por que ele chora muito, mas isso é um equívoco. Mesmo mães desnutridas oferecem um leite de composição adequada. A mãe não deve estabelecer horários nem a quantidade de leite que deve ser mamada pela criança. Somente o bebê saberá quando está satisfeito e largará o peito sozinho. Cada criança tem um funcionamento digestivo diferente, e por isso algumas sentem fome mais rápido que outras; o que também é normal.
Existe problema em não amamentar?A mulher que acabou de ter um filho nunca deve deixar de amamentar por causa de trabalho, dores, temores ou crendices populares. A amamentação deve ser um ato consciente, sem incertezas ou inseguranças. E a mulher deve ser incentivada por todos e estar motivada para amamentar. Ela deve ser esclarecida pelos profissionais de saúde (médico, enfermeira, nutricionista) quanto aos benefícios da amamentação e o que fazer para superar obstáculos que porventura surjam no início ou durante o período de amamentação.

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